A identidade de cada um de nós assume dois lados.
Por um lado, expressa a noção de unidade.
Os seres humanos possuem características que os distinguem de outros seres vivos.
Por outro, expressa a diferença.
Não há dois seres que sejam iguais biologicamente, pois cada um tem o seu DNA, inclusive os gémeos.
Segundo o psicólogo René L’Écuyer, a identidade é “um conjunto de características, de traços pessoais, de papéis, de valores que a pessoa se atribui”.
A identidade constrói-se desde que nascemos, ao longo do tempo, durante o processo de socialização.
Os recém-nascidos, não têm consciência da sua identidade, é o seu corpo que vai ser a base do sentimento de identidade através das interacções com o ambiente.
À medida que a criança cresce, as interacções sociais alargam-se no contexto da creche e da escola, tomando consciência das diferenças.
Na adolescência dão-se grandes mudanças.
As modificações corporais geram grande ansiedade e insegurança.
Para além disso, verifica-se um progressivo distanciamento dos pais, deixando de serem os modelos de identificação.
Nesta altura conta-se com o apoio dos grupos de pares e constrói-se uma forma própria e pessoal de estar no mundo.
Os adultos desempenham diferentes papéis sociais.
São pais, com uma profissão, defendem um partido político, são adeptos de um clube de futebol, etc.
Muitas vezes esta diversidade leva a conflitos que os indivíduos têm de controlar e ultrapassar.
Para além disso, certas situações, como a morte ou nascimento de alguém, o desemprego, o divórcio, podem afectar a nossa identidade.